ZERO HORA 04 de julho de 2013 | N° 17481
TRANSPARÊNCIA
Legislativo gaúcho divulgou ontem em seu portal a lista de servidores ativos e inativos e as suas respectivas remunerações
A Assembleia Legislativa passou a divulgar em seu site, desde a manhã de ontem, a lista de servidores ativos e inativos e seus respectivos salários. Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência (www.al.rs.gov.br) e, segundo a Casa, ainda podem ser aprimorados a partir de dúvidas que surgirem ou falhas que forem detectadas.
O subsídio mensal dos deputados é de R$ 20.042,34, e sobre ele não incidem vantagens. No contracheque do parlamentar são descontados 27,5% de Imposto de Renda e 11% de INSS.
Em levantamento, ZH constatou que, apenas com os salários dos chefes de gabinete dos 55 deputados e da presidência da Casa, o Legislativo gastou mais de R$ 860 mil em junho. Outra conclusão a que a reportagem chegou é que faltam detalhes sobre as vantagens que integram os salários. Por exemplo, o salário básico de cada servidor não está discriminado no item remuneração. Para conhecer o dado, o cidadão tem de acessar outro subtítulo da mesma seção. Também não estão descritos no item remuneração os valores referentes às vantagens temporais. Dessa forma, o cidadão que somar o salário básico com as parcelas remuneratórias divulgadas chegará a um valor menor que o salário bruto publicado pelo parlamento.
Conforme o superintendente-geral da Assembleia, Álvaro Abi Fakredin, houve opção em deixar o valor básico em uma lista geral para facilitar comparações entre cargos. Quanto às vantagens temporais, o motivo, segundo Fakredin, seria para evitar confusão:
– Como a Casa é composta por pessoas com origem em outros poderes, não apareceria só o tempo de Assembleia e isso poderia causar má interpretação.
Alguns servidores aparecem com o vencimento bruto zerado ou abaixo do básico. Conforme o superintendente-geral, isso ocorre nos casos de servidores adidos, que são emprestados de outros órgãos. Nestas situações, eles recebem salário do órgão de origem. Só ganham da Assembleia uma diferença que, somada à remuneração de origem, não ultrapasse o teto de R$ 25,3 mil.
ADRIANA IRION E EDUARDO NUNES