terça-feira, 23 de outubro de 2012

AL-RS EM CANAL DIGITAL ABERTO

 
ZERO HORA 23 de outubro de 2012 | N° 17231

PARLAMENTO

TV Assembleia opera em canal digital aberto

Acompanhar o trabalho dos deputados estaduais está mais fácil.

Uma solenidade na manhã de ontem, com a presença dos presidentes do parlamento gaúcho, Alexandre Postal (PMDB), e da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT), marcou o início da transmissão da TV AL – da Assembleia Legislativa – em canal digital aberto para Porto Alegre e Região Metropolitana. O canal é o 61.2.

As tratativas para a implementação se iniciaram em 2010. Em agosto de 2011, a AL e a Câmara dos Deputados assinaram acordo de cooperação técnica para concretizar o plano. Pela resolução, a Câmara ficou responsável pela compra dos equipamentos. À Assembleia, coube o custeio do aluguel da torre, do espaço para instalação dos transmissores e da energia elétrica.

Uma das características da TV digital é a multiprogramação: um único canal pode ser subdividido em quatro. Na Rede Legislativa, os quatro serão ocupados pelas transmissões das programações da Câmara (canal 61.1), do Senado (canal 61.3), da AL (canal 61.2) e da Câmara de Vereadores local (canal 61.4).

Para sintonizar a TV AL digital é preciso ter um aparelho com conversor digital integrado ou acoplado. A TV AL continuará sendo transmitida pelo canal 16 da NET. A programação também pode ser assistida pela internet (www2.al.rs.gov.br/tvassembleia).

 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

TRANSPARÊNCIA OPACA

 
ZERO HORA 17 de outubro de 2012 | N° 17225

TCE reprova sites de prefeituras

Lei de Acesso à Informação é ignorada em mais de 90% dos portais dos municípios gaúchos, aponta levantamento da Corte


JULIANA BUBLITZ

Em vigor desde maio, a Lei de Acesso à Informação ainda é ignorada na maioria dos sites das prefeituras do Rio Grande do Sul. De 496 portais examinados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), apenas 20 apresentam indicações claras à nova regra e 95% sequer oferecem meios para a solicitação de dados.

Realizado entre junho e julho, o estudo traz outras conclusões preocupantes. As deficiências chamam mais atenção nos sites de 165 municípios. Todos têm mais de 10 mil habitantes e, por conta disso, seus gestores são obrigados a manter páginas atualizadas na internet. A maior parte têm problemas.

– Há muito a melhorar, e esperamos que nosso levantamento sirva para mostrar que o TCE está de olho – resume a auditora Cristina Assmann.

As deficiências são variadas, e uma delas é emblemática: 91,5% desses portais não fazem qualquer menção ao Serviço de Informações ao Cidadão (SIC), guichê de atendimento exigido por lei. Assim, só 14 das prefeituras do Estado estão adequadas à legislação.

Mesmo dados elementares, como horários de funcionamento, são omitidos em mais de 60% dos casos. Somente seis sites oferecem links com perguntas e respostas, por exemplo.

Quando o assunto é financeiro, a situação é ainda mais insatisfatória. Números relativos a repasses, transferências e despesas praticamente inexistem em mais da metade dos sites. Quem quiser saber detalhes sobre contratos assinados, precisará de sorte: só 92 prefeituras – de 496 – divulgam as estatísticas.

O cenário pessimista, no entanto, também tem suas exceções, e o TCE faz questão de destacá-las. Administrações como a de Carlos Barbosa, na Serra, e a de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, despontam no ranking das melhores performances. Mesmo entre as pequenas cidades há desempenhos positivos, com destaque para Boa Vista das Missões, no Norte.

Os bons exemplos, acredita o presidente do TCE, Cezar Miola, tendem a se difundir. Por enquanto, ele diz que as gestões em desacordo com a lei não serão punidas, mas avisa: continuarão sendo acompanhadas de perto e, se nada mudar, poderão ser alvo de sanções no futuro:

– Não descartamos as punições, mas eu prefiro fazer uma leitura otimista da situação. Acredito que as dificuldades serão superadas.



terça-feira, 16 de outubro de 2012

SENADO INIBE ACESSO A DADOS SALARIAIS


MP investigará divulgação de salários do Senado. Denúncia anônima motivou abertura de processo que analisará se a forma encontrada pelo Legislativo para informar vencimentos de servidores burla a Lei de Acesso

por Mariana Haubert | CONGRESSO EM FOCO 16/10/2012 07:00


Weslei Marcelino/Senado

Ao contrário dos demais poderes, sistema adotado pelo Congresso só permite informações individuais sobre os salários de seus funcionários. 

A polêmica em torno da forma como o Congresso Nacional está divulgando os salários dos seus servidores já chegou ao Ministério Público. No início de outubro, o órgão abriu uma investigação sobre a forma escolhida pelo Senado para divulgar sua folha salarial. Tanto o Senado como a Câmara resolveram não publicar a lista completa das remunerações, criando um sistema que obriga que a investigação seja feita especificamente sobre cada funcionário. Além disso, as duas Casas obrigam que a pessoa interessada na informação identifique-se e, depois, informa ao servidor que alguém pediu informações sobre seus vencimentos. Uma pessoa entrou, então, com denúncia no Ministério Público especificamente sobre o Senado. Na denúncia, a pessoa afirma que o Senado estaria inibindo, com o modelo adotado e com as exigências feitas, o acesso a informações públicas, contrariando o espírito da Lei de Acesso. O caso está nas mãos do procurador da República Felipe Fritz, ainda em fase inicial.

Câmara e Senado exigem CPI para revelar salário de servidor

Para acessar o sistema do Senado, é preciso informar o nome, CPF, endereço completo, email e telefone do interessado. Fica registrado também o número IP do computador usado pelo solicitante. Na Câmara, a situação é a mesma. Além disso, em ambas as Casas, o servidor que teve algum dado verificado é avisado sobre isso. No entanto, a assessoria de imprensa da Câmara não soube explicar se a comunicação é automática ou se o servidor precisa solicitar a lista de todos que o procuraram.

Já no Senado, o servidor que teve seus dados acessados é informado em sua página pessoal na intranet da Casa. Em nota, o Senado alegou que, dessa forma, cumpre a lei e cuida de dar igual direito a pesquisadores e pesquisados. “Se um cidadão pode buscar informação pessoal sobre outro, é direito deste outro cidadão também saber quem é esse interessado”, diz a nota.

Desobediência à lei

Desde a regulamentação da Lei de Acesso pela presidenta Dilma Rousseff, o Legislativo tem sido o poder mais refratário à determinação de dar publicidade à sua folha salarial. O Congresso é a única instituição que exige informações do cidadão para acessar esse tipo de informação. Nos demais poderes, o que está publicado é de livre acesso. “O exercício fundamental nessa questão é comparar. Por que o Executivo e o Judiciário divulgam as mesmas informações de forma livre e por que no Congresso isso é diferente? Quando se procura controlar a informação, ou escondê-la muito é porque ela tem o potencial de causar estragos. Então, qual é exatamente o estrago que eles querem evitar?”, questiona o pesquisador da Fundação Getúlio Vargas e especialista em transparência pública Fabiano Angélico.

Segundo o pesquisador, existe ainda um outro problema em questão. Para ele, o Congresso confundiu dois aspectos da lei: a transparência ativa e passiva. A lei não fala sobre a divulgação de salários, por isso, para Fabiano, nenhum órgão está obrigado a informar quanto paga a seus servidores.

“Em alguns países esse tipo de informação está disponível mediante solicitação. Talvez teria sido mais coerente e menos vergonhoso para o Congresso anunciar que não publicaria os salários com os nomes”, afirmou Fabiano. Para ele, o cuidado com a segurança dos servidores procede, mas ainda assim é preocupante o que chamou de uma “situação policialesca”. “Embora esteja publicado na internet, é quase como um pedido de acesso. E se for considerado assim, podemos dizer que o Congresso está desobedecendo uma lei que, curiosamente, ele mesmo aprovou”, disse. A lei estabelece que o cidadão se identifique quando faz uma solicitação de informação, mas não quando acessa um banco publicado proativamente pelo órgão.

Constrangimento

Na semana passada, o site Contas Abertas revelou que o funcionário público Weslei Machado foi chamado de “bisbilhoteiro” e “fofoqueiro” por uma servidora do Senado que teve suas informações acessadas por ele. Weslei também trabalha no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele afirmou que acessou as informações quando começaram as discussões sobre o aumento salarial no Judiciário. Ele então quis comparar a remuneração dos servidores do TSE com os de outros poderes e fez a consulta aleatoriamente.

Após realizar a consulta, a servidora entrou em contato e perguntou por que ele estava interessado em sua vida. Para Weslei, o caso desencoraja a população a exercer o seu papel fiscalizatório.

Apesar do constrangimento, as duas Casas afirmaram que não pretendem alterar a forma de identificar o cidadão que busca informação.

Dados Abertos

Outro problema encontrado na forma como o Congresso divulga as informações salariais é a não publicação delas em formato aberto, ou seja, que possam ser manipuladas de forma a obter, por exemplo, indicações de erros nas folhas salariais. Nos dois casos é preciso fazer a consulta individualmente, ou seja, só é possível saber o salário de cada um dos mais de 25 mil servidores e parlamentares de forma individual.

Quando ainda não havia a divulgação nominal, ambas as Casas publicaram listas com todas as informações. Quando a justiça derrubou a liminar que possibilitava ao Congresso não publicar os nomes dos servidores, Senado e Câmara recuaram para o modelo atual.

Dessa forma, o levantamento mais amplo que se tem continua sendo o feito pelo Congresso em Foco a partir de dados que o site obteve das folhas salariais da Câmara num período de 18 meses, entre 2010 e o ano passado. A partir desses dados, foi possível saber que a Câmara pagou mais de R$ 1 milhão de reais nesse intervalo de tempo a apenas 14 de seus servidores. E que a cúpula da Casa ganhou no período uma média de R$ 44 mil mensais, valor que é quase o dobro do teto salarial do funcionalismo, hoje fixado em R$ 26,7 mil.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

CONGRESSO DIFICULTA ACESSO A DADOS


REDE GLOBO, JORNAL HOJE Edição do dia 05/10/2012

Cidadão precisa se cadastrar para acessar informações do Congresso

Apesar da Lei de Acesso às Informações, a Câmara e o Senado determinaram que o cidadão precisa fazer um cadastro completo a cada consulta.


Após resistência do Congresso Nacional, os salários dos servidores e parlamentares foram publicados na internet, como manda a lei. O problema é que na hora de regulamentar o acesso às informações, a Câmara e o Senado dificultaram a vida de quem faz a consulta.

Para saber quanto ganha a presidente Dilma Rousseff, por exemplo, basta entrar no Portal da Transparência do Governo Federal. O salário líquido é de R$ 19.800. O caminho é o mesmo, sem burocracia, para descobrir em detalhes quanto os ministros recebem.

Já para quem tenta ver os salários pagos no Congresso, o processo não é tão fácil. Carlos Blener teve que preencher um cadastro enorme: nome, CPF, email, endereço e até a identificação do computador aparece. Além dos dados, ele precisou declarar sob as penas da lei, que não estava mentindo.

Ele não se intimidou e descobriu que o salário de um dos cargos de chefia mais cobiçados da Câmara passa de R$ 23 mil. Para fazer outra pesquisa, teve que preencher todo o cadastro de novo. No Senado, as exigências são as mesmas.

O Jornal Hoje entrou em contato com a Câmara e o Senado para saber por que o sistema do Congresso é tão complicado, tão diferente das páginas do Executivo e do Judiciário, mas ninguém quis gravar entrevista.

A justificativa é que um artigo da Lei de Acesso à Informação prevê a identificação dos interessados. A Câmara não respondeu o que faz com os dados que o cidadão fornece.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

CONGRESSO DESRESPEITA O ELEITOR

ZERO HORA 03 de outubro de 2012 | N° 17211

BRASÍLIA | CAROLINA BAHIA

colaborou Letícia Luvison


Transparência é obrigação

O Congresso Nacional desrespeita o eleitor ao resistir aos mecanismos de transparência. 


Depois de uma briga na Justiça e de demorar para colocar à disposição da população cargos e salários dos funcionários especificados por nomes, Câmara e Senado resolveram dificultar o acesso aos dados. Em vez de oferecer atalhos ao usuário, o sistema desestimula a busca. 

Por trás de tanta má vontade, estão anos de privilégios, casos já denunciados de funcionários fantasmas, horas extras desnecessárias, salários acima do teto constitucional e estruturas inchadas. 

O Senado, por exemplo, registra cerca de 9 mil servidores, incluindo comissionados e terceirizados, um exagero diante da produtividade da casa. O parlamento é um poder fundamental para a democracia, mas precisa se curvar aos novos tempos. 

De senadores, passando por deputados, a servidores, todos precisam entender que a Lei de Acesso à Informação garante novos tempos.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

CONGRESSO DIVULGA NOMES E SALÁRIOS

 
ZERO HORA ONLINE, Transparência02/10/2012 | 09h52

Câmara e Senado voltam a divulgar relação nominal de salários de servidores. Liminar derrubada pela Advocacia-Geral da União garante a publicação das informações nos portais das casas legislativas

Com a derrubada, pela Advocacia-Geral da União, de uma liminar que impedia a divulgação nominal dos salários dos servidores da Câmara de Deputados e do Senado, as informações voltaram a ser publicadas nos sites das casas legislativas. Os dados, que já tinham sido colocados no ar antes, haviam sido retirados dos portais em 31 de julho.

Nos sites, o leitor pode consultar as remunerações de servidores e parlamentares, mas é preciso informar dados pessoais que incluem o endereço e o CPF.

Saiba como acessar as informações:

No site do Senado:

1) Acesse www.senado.gov.br
2) Na barra superior, clique no botão Transparência
3) Na seção Recursos Humanos, clique no botão Consulta Individual, abaixo do título Remuneração
4) Você pode fazer a busca pelo nome do servidor ou pela categoria. Após selecionar o servidor ou a categoria, clique em Consultar
5) Para acessar os dados, clique no nome do servidor
6) Informe seus dados pessoais e clique em Visualizar Remuneração

No site da Câmara 

1) Acesse www.camara.gov.br
2) No menu Transparência, clique em Recursos Humanos
3) Clique em Quadro de Pessoal e Estrutura Remuneratória da Câmara dos Deputados
4) Na seção Remuneração de Servidores, clique em Consulta nominal
5) É preciso digitar o nome do servidor para consultar, mas não é necessário digitar o nome completo
6) Também é preciso informar os dados pessoais para fazer a consulta